domingo, 28 de janeiro de 2018

Prioridades de um país de brandos costumes...

Os Anti-Supernanny fizeram queixinha ao Ministério Público de um programa de tv.
Uma mulher, filha e mãe ( talvez), fez queixa ao Ministério Público do seu companheiro que a agredia e era uma ameaça constante e real à sua vida.
A mulher, após 37 dias de apresentar queixa, é assassinada à paulada pelo agressor no quintal da sua própria casa.
O Ministério Público actuou imediatamente e suspendeu o Supernanny ( num intervalo de mais ou menos 15 dias). Foi aplaudido nas redes sociais, porque isto foi uma grande vitória, para aqueles que não papam grupos e não se deixaram ficar. 
Hoje o 3°programa já não foi transmitido e muita gente vai deitar a cabecinha na almofada em paz com aquela sensação de dever cumprido, sem precisar de contar carneiros para adormecer... É pena... porque para o Ministério Público a carneirada sois vós...
No tempo do outro senhor, acenava-se ao povo com Fátima e com o Benfica... os tempos mudaram, as causas nem por isso...
Saia um minuto de silêncio para o Ministério Público, quentinho e recheado de vergonha alheia.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

E tu Professorinha, não dizes nada acerca da Supernanny?

(Pergunta com rasteira 😉)
Ora bem...
Eu bem que vos avisei que isto ia cair o Carmo e a Trindade, eu disse-vos que isto ia dar raia, mas não... ai e tal que é tudo gente civilizada, ai que sabemos lidar muito bem com as opiniões alheias, ai e tal e coiso... Soltaram o Kraken , agora aguentem-se!
Eu pessoalmente, como educadora de infância, só como educadora de infância e não como mãe... mãe não, que ainda não atingi esse patamar de perfeição ... não vejo mal nenhum no programa.
Vá, assumam, agora estão a pensar que eu devia falecer!
Já li e reli montes de opiniões de especialistas, contra e a favor do programa. Já li e reli montes de opiniões daqueles que pensam que são especialistas... e não consigo perceber a polémica e a tomada de dores alheia que se deu neste país...
Ora explicai-me, como se eu fosse muito burra...
A SIC, por acaso, andou a apontar armas às cabeças dos papás, para que se inscrevessem no programa?
Ai e tal que se viola o direito da criança à sua privacidade e boa imagem... Nos anúncios publicitários de produtos de higiene para bebés, a criança já pode aparecer no banho, mas no programa não? E nos Facebooks dos papás babados, já podem aparecer fotos do primeiro banho, onde se exibem orgulhosamente pilinhas e pipis, para mostrar o rebento perfeito que trouxeram ao mundo?
E no Masterchef, no Got Talent e nas novelas, a privacidade e a boa imagem da criança já está salvaguardada?
Ai, que a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens tem que fazer alguma coisa, que estão a violar os direitos dos nossos meninos... Claro que sim, mas todos os dias infelizmente milhares de crianças assistem a cenas de violência doméstica, onde muitas vezes também são agredidas, e os vizinhos e familiares sabem, mas como entre marido e mulher não se mete a colher, já ninguém chama a CPCJ...
Eu, como educadora de infância,  quando me pedem a opinião, aconselho que os pais vacinem os seus filhos, para mim, é uma questao de saúde pública. Mas, se os papás não quiserem vacinar, eu não posso chamar a CPCJ, porque o plano de vacinação é recomendado mas não é obrigatório, mas se eu embirrar com um programa de tv, a CPCJ já deve intervir???
E depois, digam-me a verdade,pessoas do dark side que como eu vêem o programa, só eu é que acho, que muito daquilo é encenado? A Supernanny é como o Mcdonald's, é igual em todos os países, a Supernanny é uma franchising bem construída,é uma personagem... mas metade do país já se atirou à vida pessoal da mulher a ver os podres que desenterram...
Eu tenho cá para mim, é que o programa, veio tocar bem no meio da ferida do orgulho dos pais perfeitos. Muitos outros enfiaram a carapuça e a melhor forma que arranjaram de desviar as atenções deste espelho , foi mostrar toda a sua ofensa e indignação tentando banir o programa, usando como estandarte os direitos da criança... Amigos, um dos direitos fundamentais da criança é a EDUCAÇÃO e esta não compete só à escola!
Hoje, num dos meus blogues preferidos, vi que comparavam (e é a comparação mais levezinha) o facto de se fazer já há muitos anos o Supernanny noutros países não significa que seja bom, porque as touradas também se fazem há muitos anos e são a merda que são... pois, mas nas touradas ainda não são os pais dos tourinhos que os mandam para lá... e lá está, acho que ainda não morreu ninguém no Supernanny ( espero eu)... enfim, extremismos da blogosfera! Mas calma, tenciono continuar a ler esse blogue, até porque ver as coisas de outro ponto de vista torna o mundo muito mais interessante e eu não sou uma gaja ressabiada.
Coisa que me entristeceu, foi o debate de ontem, na SIC... Atão, não é que a Dra Rosário Farmhouse (CNPDCPJ*) e a Dra Dulce Rocha (IAC) deram uma de Supernanny na Julinha Pinheiro, disseram-lhe, com um ar muito desiludido :"Mau,mau Julinha! Não esperávamos isto de ti!". E agora? De certeza que amanhã, a Julinha não vai poder ir trabalhar sem ser motivo de gozo! E no Facebook, não tardou : "Quando foram as tuas filhas a sofrer de anorexia, quiseste privacidade e respeito, não quiseste a SIC na tua casa, não é?". Pois... a diferença é mesmo essa, ela não se inscreveu para a SIC ir resolver problema, como estes pais fizeram. E mesmo que quisesse não conseguiria porque um dos requisitos para entrar no programa é que não haja qualquer tipo de patologia... a anorexia é uma doença... e a Má Educação é só uma pandemia, ainda não é uma patologia reconhecida...
Depois, a solução que a Dra Dulce Rocha (IAC*) sugeriu, para o programa ser melhor aceite pelas instituições, era simular as situações que nós vimos com atores, que deviam representar as famílias.... então a solução é pôr outras crianças a fazerem as figuras tristes das crianças que queremos proteger? Há qualquer coisa neste raciocínio que não me convence, mas pronto, tá bem...
E bonito, bonito foi num debate sobre um programa que aborda problemas da parentalidade, não haver um único representante masculino ( todos os convidados masculinos recusaram o convite para estarem presentes),  muito semelhante às famílias até agora apresentadas... uma monoparental, na outra um pai ausente, que assumia com toda a naturalidade, que era a mãe que fazia tudo. E é esta a linda realidade de um país onde todos os dias se fala e defende a igualdade de género ( no Facebook)...
E pronto, é isto... Até tou cansada de botar tanta faladura. Mas não se abespinhem que é só a minha singela opinião. Deixem-se mas é de hipocrisias e se realmente não gostam e querem boicotar o programa, mudem de canal. É tão fácil.

*CNPDPCJ- Comissão Nacional de Proteção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens

*IAC- Instituto de Apoio à Criança




quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

É toda uma vida a sofrer...

Já vos contei que tenho amigas lojistas. Uma delas trabalha numa loja de artigos para crianças, onde por hábito se tratam as clientes por "mamã"... 
Num desses atendimentos:
Amiga da Professorinha: "Boa tarde, mamã! Se precisar de ajuda, disponha..."
Cliente:"Por favor, não me chame mamã, que eu tenho nome, eu tenho a minha própria identidade..."
Amiga da Professorinha: " Tem razão, concordo consigo. Mas é protocolo da marca..."
E a cliente continuou e apresentou toda uma dissertação sobre a identidade e individualidade de cada um, que há que respeitar e fomentar e blá, blá, blá whiskas saquetas... Até que finalmente disse à minha amiga o que é que procurava... "Olhe menina, eu preciso de um blazer azul, mas tem que ser mesmo blazer e azul, que a minha filha anda num Colégio de freiras e têm que andar todos iguais!"
Agora, a minha amiga, além de técnicas de vendas vai tirar uma nova formação, "Como lidar com clientes com distúrbios de personalidade", porque para seres uma boa lojista tens que ter um bocadinho de psiquiatra. Viva a coerência!

domingo, 14 de janeiro de 2018

# Uma coisa boa por dia...


Pobo do Norte! Num percam!
Abenida Q, no Teatro Sá da Bandeira, na Inbicta, até 25 de Febereiro.
Depois num digam que num abisei!

(Ide, ide ver que até soltais umas pinguinhas...)

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

"Bidas" alagadas...

É oficial, abriram a caixa da Pandora!

Preparem os teclados, o corretor ortográfico, os dedinhos, o que quiserem...
Só tenho pena de quem vai ter que gerir a página e a caixa de comentários...😁😁😁

Ide Professorinhas! Ide e formai-vos!

Ele há coisas nesta profissão de educar, que me consomem a alma me dão uma camada de nervos... e não... não são as crianças.
Não suporto a condescendência com que outras profissões, principalmente as relacionadas com a docência, olham para a educação de infância! Tenho duas coisas para vos dizer: "Vocês não duravam um dia nesta profissão!" e deixem-se de mimimis que nós sabemos que é assim. Outra coisa é que vocês têm alguma razão pois, infelizmente, alguns educadores põem-se a jeito...
Professorinhas vocês  saíram da universidade com o sonho de mudar o mundo, lembram-se????
O mundo quebrou-nos... e isso só aconteceu porque nós não somos de ferro e começamos a ceder... a ceder à rotina, a ceder aos nãos, a ceder a pressões sociais, a ceder ao conforto do efectivar no quadro, a ceder à  pior de todas as cedências que é aquela arrogância de pensar que já sabemos tudo... e esquecemos... esquecemos que a única promessa verdadeira que a universidade nos fez foi aquela de que realmente somos capazes  de mudar o mundo! A mudança  só se dá com educação e nós temos a 1 etapa nas nossas mãos, como é que se esqueceram disso?!?
O mês passado, numa formação,  a formadora, que já nos tinha fornecido o e-mail, disse para usarmos e "abusarmos" dele para qualquer tipo de apoio que fosse necessário... pediu só  que quando o fizéssemos tivéssemos em atenção os erros ortográficos... numa formação para educadores e professores!  Eu se tivesse um buraco para enfiar a cabeça....
Mas o problema é que este é  o menor dos problemas, o pior é que se continua a trabalhar como em 1980, sem questionar... e a ter resultados questionáveis...
Professorinhas, vocês são a chave! Questionem, experimentem e voltem a questionar! Sonhem muito! E formem-se, porra! Saber mais não pesa nem ocupa espaço.
Deixo-vos ideias e sugestões de formação, principalmente na zona norte, nem sempre se passa tudo em Lisboa, há boa formação no norte e cada vez mais... É  aproveitar! E quem não quiser aproveitar, amigas na mesma...

Como transformar desobediência em colaboração.

Curso Intensivo: Disciplina Positiva/ Método Montessori.

Workshop Reggio Emilia.

O Currículo na Educação Pré- Escolar.








sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

# Uma coisa boa ( vá, gira...) por dia...


"Encontrem as diferenças" ou "Separadas à nascença" ou se não é a chávena de café improvisada, mais gira de sempre? 😍

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

2017

2017 foi um piscar de olhos... e no entanto...
Tive três empregos diferentes...
Voltei a um local de trabalho onde já tinha trabalhado há 9 anos...
Fui muitas vezes ao Teatro...
Voltei a Lisboa, tenho sempre que voltar a Lisboa...
Fiz directas para poder entregar um trabalho, daqueles que se faz com o coração,  a tempo...
Contei tantas  histórias...
Fui a um dos concertos da minha vida...
Fui jantar fora com amigos, daqueles jantares em que o tempo desaparece e vens para casa de alma lavada...
Estive em Bruxelas e vi o menino que mija...
Andei num comboio de 1925...
Viciei- me em rebuçados da Régua (ainda estou em desintoxicação)...
Conheci tantas pessoas novas...
Tomei decisões difíceis, mas depois de as tomar foi muito mais fácil...
Fiz alguma formação profissional e pessoal...
Tive tanta gente boa à minha volta e sempre o meu Príncipe ao meu lado...
Nasceram filhos de amigos e outros ainda estão no forno, mas quase quase a chegar...
Acabei o ano com coisas novas no horizonte, rodeada de luz e principalmente grata...
Assim sendo, 2018, ainda bem que chegaste e agora SE PREPARE... QUE EU VOU-LHE USAR!!!

BOM ANO, gente do meu ❤!