quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Glória

Faz hoje 12 anos, que o telefone tocou, cá em casa, ainda de madrugada... E a partir desse dia, sempre que o telefone tocava a horas esquisitas, o coração ficava pequenino e apertado... Faz hoje 12 anos que a minha Avó morreu e hoje é a primeira vez, neste dia, que falo disto, assim com esta palavra dura "morreu". É verdade, "morreu" e eu preferi guardá-la na minha memória de uma forma completamente diferente daquela lembrança que ficou deste dia, há 12 anos... Eu guardei-a para mim naquelas pequenas coisas que fizeram dela a minha Avó e que vou guardar comigo até um dia ser a minha vez de "morrer". A minha Avó tinha mãos pequeninas, com dedos redondinhos que acabavam em unhas brancas perfeitamente limadas que pintei tantas vezes, ao sol, na soleira da porta da casa dela, para que ela visse bem a cor do verniz que queria. Uma corzinha simples, nada de espampanante, dizia ela. A minha Avó, ajudou a criar os seus netos e dizia muitas vezes um "Ai, o menino!", que ainda hoje eu digo aos meus pequenos. A minha Avó, fazia os melhores ovos estrelados do mundo e deixava-nos rapar os restos das massas dos bolos que fazia. A casa da minha Avó cheirava a bolo. A minha Avó ensinou-nos a rezar, para que não tivéssemos pesadelos, ainda hoje sei essa oração de cor e salteado. A minha Avó gostava da casa cheia, com toda a família reunida. A minha Avó não ia à missa, dizia que ela chegava perfeitamente para se entender com o seu Deus. A minha Avó levou-nos para a praia todos os anos, enquanto nós quisemos ir. A minha Avó morria de ciúmes do meu Avô e sei que o amou profundamente até ao seu último dia. A minha Avó, faz-me ainda muita falta... Gosto quando me dizem que sou a neta mais parecida com a minha Avó, que tenho as suas feições, os seus trejeitos e o seu feitio... Gosto muito, pois para mim foi uma grande mulher, a minha Avó Glória.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O Príncipe...

Hoje este post é só para ti... Príncipe!

13 coisas que eu amo em ti:
  1. Amo quando me fazes rir;
  2. Amo quando me lês o pensamento;
  3. Amo a forma como lidas com o meu mau feitio (porque até lhe achas uma certa piada);
  4. Amo a tua capacidade de trocar as palavras aos provérbios que toda a gente conhece, e agir com a maior naturalidade como se se tivesse dito tudo da forma mais acertada;
  5. Amo a tua falta de jeito para tarefas muito minuciosas;
  6. Amo quando apanhas grandes secas só para me fazer a vontade;
  7. Amo quando dizes que sou a tua melhor amiga;
  8. Amo quando aturas os meus amigos néscios, só para não teres que me aturar a mim depois;
  9. Amo a forma que tens para lidar com a minha família, que também são um bocadito néscios;
  10. Amo quando já tás assim um bocadito entornado e me pedes para casar contigo;
  11. Amo quando dizes que sou de gancho, mas que essa é uma minhas melhores qualidades;
  12. Amo sentir que és tu o meu porto seguro e que neste 13 anos nunca me faltaste;
  13. E AMO-TE a ti!
Hoje contámos 13 anos juntos, este certamente vai ser o nosso lucky year, acredita no que te digo... E eu sei, é a maior das piroseiras, é o maior dos clichés, começar a namorar no Dia dos Namorados, mas foi mesmo assim que aconteceu e foi há 13 anos...

Sabes, toda a gente merecia ter um Príncipe feito à medida só para si, como eu te tenho a ti!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

domingo, 9 de fevereiro de 2014

E quando pensas que não pode melhorar...

Ontem presenciei um daqueles ataques à moda e bom gosto, que pensei cá com os meus botões, era impossível ficar melhor ou pior (dependendo do ponto de vista). Como é que se consegue ter uma conversa séria com alguém que tem estampado na camisola em letras garrafais: "Eu não sou fofa. Fofas são as almofadas. Eu sou sexy!". Claro que foi impossível não comentar com as colegas, que ainda não tinham reparado. Mas quando consegui pôr toda a gente de olho em bico para cima da camisola, não é que a criatura vira costas e lemos o seguinte: "Os homens são como as vassouras. Sem pau, não servem para nada!" E nós a pensar que já tínhamos visto de tudo... Isto sim, meus amigos, isto é ter swag!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Whaaaaat?!

Dia de natação da pequenada... Criança nova em período de adaptação com mamã nova também em período de adaptação... 9h00 da manhã e Professorinha, completamente atarantada de um lado para o outro(tipo ainda agora estava a fazer meia-noite e ainda não percebi como é que já aqui estou outra vez)a preparar os pequenos para a piscina... Era "Oh Joãozinho vai fazer xixi!", "Oh Mariazinha, olhó gorro que está tanto frio, lá fora!", "Oh Manel, não puxes as orelhas ao teu amigo!", e as crianças não paravam de se aglomerar, e a carrinha quase a chegar, Professorinha já a começar a passar-se até que... a mamã da criança nova em adaptação resolve explicar (com todo o tempo do mundo e em espanhol) o que é que o seu pequeno rebento trazia na mochila, item a item, produto a produto...Ele era amaciador para o cabelo, ele era gelinho para o cabelo, ele era hidratante de rosto e hidratante de corpo, ele era corta-unhas, ele era perfume e para terminar em beleza, não podia faltar, ele era a máquina fotográfica da mamã, para registar a 1ª aula de natação do pequeno. Acreditem a lista que é pedida aos pais é muito mais curta. Ainda assim, Professorinha extremamente paciente, acatou as dicas da mamã e explicou que não era necessário tanta coisa, até porque não há assim tanto tempo, porque afinal a aula é frequentada por mais 12 criancinhas que também merecem a devida atenção e até hoje ninguém precisou de trazer o seu próprio kit SPA, para que tudo corresse bem. Enfim, depois de uns minutos de atraso, longo suspiro (da Professorinha), pequenos já na carrinha, chegámos à aula de natação. Correu lindamente. A criança nova em período de adaptação adorou a aula, veio extremamente hidratado e perfumado, mas sem cuecas, pois não cabiam na sua mochila kit SPA.
Isto não me acontece só a mim pois não?

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

"Quem dá o Pão, dá a Criação"

Ainda não vos disse, mas eu sou educadora de infância... (agora vocês, "Oh, que giro!", "Oh, que fofinho!", "Quem me dera um trabalho assim, passar o dia a brincar..." e mais blá, blá, blá whiskas saquetas, blá, blá, blá whiskas saquetas). Trabalho giro? Trabalho fofinho? O tanas! Que isto não é pra meninos!
Eu estou aqui, estou a meter-me a caminho e a apresentar-me no Conselho de Curso dessa grande Universidade que me formou para.. pedir o Livro de Reclamações! Não é que em 4 anos de Licenciatura totalmente dedicados às criancinhas, futuro deste país, falou-se de tuuuudo, menos do mais importante... As criancinhas tão fofinhas trazem atrelados a elas os seus Pais, adultos mimados, birrentos e completamente desresponsabilizados da tarefa que é ser Pai (graças às alminhas que há muitas exceções) e a mim pequena Professorinha em formação ninguém me explicou, que antes das criancinhas teria que educar os seus Pais.
 Por isso quero o Livro de Reclamações e QUERO JÁ!!!
Papás mimados e birrentos deste país, metam uma coisa nessas lindas cabecinhas, a Educação vem de casa, não compete à escola. Os filhos são vossos, com tudo o que isso implica, se não conseguem dizer "não" à vossa criança, não esperem que sejam os outros a fazê-lo, quem dá o pão, dá a criação!Tenho dito!
(Não me interpretem mal, que eu adoro o que faço, mas hoje é 2ª feira e a paciência está ligeiramente mais curtinha :-))