sexta-feira, 18 de setembro de 2015

domingo, 6 de setembro de 2015

E o que fizeste mais em Amesterdão, Professorinha?

1. Aprendi a não atravessar as ciclovias sem olhar antes para os dois lados, há bicicletas por todo o lado e a grande velocidade... E é melhor ter cuidado porque a minha relação com estes meio de transporte é igual à relação do Calvin com a sua bicicleta.

2. Os holandeses (gajos) que eu vi, são na maioria uns grandes "bijus".

3. Os motoristas de eléctrico são uns gandas malucos, cantam e tudo.

4. Vimos três casamentos.

5. Vi os Girassóis de Van Gogh ao vivo e a cores, a três palmos de distância.

6. Provei Bitterballens, uma espécie de croquetes, os nossos são  melhores.

7. Fui a uma coffeshop, lanchei um spacecake, o Príncipe pôs no facebook e cá na terra caiu o Carmo e Trindade.

8. O spacecake fez o seu devido trabalho e o resto do dia foi uma alegria (aconselho vivamente repensar na ideia de abrir coffeshops em Portugal, podia ser que a tendência prá desgraça se esbatesse... É só uma ideia.)

9. Vi muitas sex- shops. Numa delas vi um berbequim com um dildo na ponta... É coisa para nos deixar a pensar...(aconselho vivamente repensar na ideia de franchisar a coisa também em Portugal, podia ser que a tendência prá desgraça se esbatesse... É só uma ideia.)

10. Vi o Red District... É todo um Mundo à parte... Nós não estamos preparados para aquilo. Mas antes o que há lá, do que o que se vê por cá.

11. Falei com Holandeses, Brasileiros, Argentinos, Espanhóis, Americanos, Franceses e Egípcios.

12. Calcei uns tamancos gigantes, como os do Bocas, e trouxe uns em miniatura de recuerdo.

13. Fiz uma tour de barco pelos canais e um grupo de universitários noutro barco mostraram-nos o rabo and we´ve been mooned!

14.Vi um rapaz com um fato cheio de renas e flocos de neve.

15. Vi a loja de preservativos mais original de sempre.

16. Vi muitas despedidas de solteiro.

17. Vi coelhos à solta, lamas e um canguru albino e não foi no dia em que comi o spacecake.






















E pronto, foram assim as férias... é... e já acabaram... E agora licença, que eu vou ali cortar os pulsos e já venho, sim?

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Don Quijote de La Mancha

Num dos últimos dias em Amesterdão, fomos ver os moinhos de vento... Impossível não relembrar Cervantes com o seu Don Quijote.


"En esto, descubrieron treinta o cuarenta molinos de viento que hay en aquel campo; y, así como don Quijote los vio, dijo a su escudero: -La ventura va guiando nuestras cosas mejor de lo que acertáramos a desear, porque ves allí, amigo Sancho Panza, donde se descubren treinta, o pocos más, desaforados gigantes, con quien pienso hacer batalla y quitarles a todos las vidas, con cuyos despojos comenzaremos a enriquecer; que ésta es buena guerra, y es gran servicio de Dios quitar tan mala simiente de sobre la faz de la tierra. -¿Qué gigantes? -dijo Sancho Panza. -Aquellos que allí ves -respondió su amo- de los brazos largos, que los suelen tener algunos de casi dos leguas. -Mire vuestra merced -respondió Sancho- que aquellos que allí se parecen no son gigantes, sino molinos de viento, y lo que en ellos parecen brazos son las aspas, que, volteadas del viento, hacen andar la piedra del molino."

(Miguel de Cervantes, El Quijote de la Mancha, capítulo VIII)


(Em Português)

"Quando nisto iam, descobriram trinta ou quarenta moinhos de vento, que há naquele campo. Assim que D. Quixote os viu, disse para o escudeiro: - A aventura vai encaminhando os nossos negócios melhor do que o soubemos desejar: porque, vês ali, amigo Sancho Pança, onde se descobrem trinta ou mais desaforados gigantes, com quem penso fazer batalha, e tirar-lhes a todos as vidas, e com cujos despojos começaremos a enriquecer: que esta é boa guerra, e bom serviço faz a Deus quem tira tão má raça da face da terra. - Quais gigantes?- disse Sancho Pança. - Aqueles que ali vês- respondeu o amo- de braços tão compridos, que alguns os têm de quase duas léguas. - Olhe bem Vossa Mercê- disse o escudeiro- que aquilo não são gigantes, são moinhos de vento; e os que parecem braços não são senão as velas, que tocadas do vento fazem trabalhar as mós."

(Miguel de Cervantes, D. Quixote de la Mancha, capítulo VIII)