segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O esconderijo

No 1º dia em Amesterdão, visitámos a casa onde ficava o esconderijo que abrigou Anne Frank e os seus familiares, durante os dois últimos anos da 2ª Guerra Mundial. Eu já li o Diário há muitos anos, com a mesma idade que tinha Anne quando o escreveu, e lembro-me que me impressionou de tal forma que o li 3 ou 4 vezes... E fiquei com algumas das passagens gravadas na memória... Os posters que ela tinha colado nas paredes do quarto, a estante que disfarçava a entrada para o esconderijo, o diário forrado a tecido vermelho de xadrez, e o sótão onde ela conversava com Peter e onde se podia ver o céu...
Ao entrar na casa, que agora é um museu, é isso que se pensa, é mais um museu... Mas quando se toca nos corrimões para subir as escadas altas e estreitas, a ficha cai e a energia que se sente é realmente avassaladora, quando dás contigo a pensar "Ok, isto é real... Isto aconteceu mesmo...". E é impossível não se sentir o coração apertado quando se chega à estante que disfarçava a entrada do esconderijo...
No fim, está lá o Diário de Anne, aberto com a sua letra pequenina, para poupar espaço, para que durasse mais... Na sala a seguir já se fala do dia em que foram descobertos, do dia em que foram traídos, do dia em que entraram nos campos de concentração... E estão lá as listas, com um número de nomes que parece não acabar... O de Anne e os dos seus familiares são um grão de areia no meio daquela lista.
E eu dei comigo a sentir vergonha... Vergonha alheia, por serem pessoas a fazer isto a pessoas... Por achar que por vezes o mundo esquece-se, e a história, de uma forma ou de outra repete-se...
O Diário, aberto, é para isso mesmo, para que o mundo não se esqueça, pela Anne.


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Sure...

Sabem quando vão no avião e o piloto fala para os passageiros através do intercomunicador? Eu só percebo a parte em português que diz que a companhia aérea "tal" nos deseja uma boa viagem. De resto, para mim soa tudo a isto...


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Daqui a umas horitas...


17 Coisas a fazer em Amesterdão se o avião não quinar:

1. Comer um spacecake;
2. Visitar a Anne Frank huis;
3. Fotografar os canais;
4. Quadripolarizar outra vez Amesterdão;
5. Comer um spacecake;
6. Visitar o Museu Van Gogh;
7. Ver um moinho de vento;
8. Tentar andar de bicicleta;
9. Comer um spacecake;
10. Fazer o amor;
11. Trazer uns tamancos iguais aos do Bocas;
12. Ver o Red District;
13. Comer um spacecake;
14. Ver o Museu do Sexo;
15. Comprar tulipas;
16. Comprar uma daquelas bolinhas que se agitarmos parece que neva lá dentro;
17. Tentar trazer spacecakes para as migas.

É... eu sou um grande cliché... Aguentem-se!

E Amesterdão... SE PREPARE, QUE EU VOU-LHE USAR!!!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

"Sapisses" de um Príncipe

Eu tenho a teoria que as sogras não gostam de partilhar os filhos, os filhos homens... Então inconscientemente não ensinam as alminhas a fazer nada em casa... Ensinam-lhes que o mundo já vem pronto. E  depois vem uma nora que acha que o filhinho da sogra é completamente capaz de fazer tudo, até porque tem duas mãozinhas benzaódeus... e é uma grande cabra porque ele em casa da rica mãezinha não levantava um pêlo do chão... 
Eu tenho cá para mim que isto é tudo um esquema para que as futuras noras percam a cabeça e devolvam o filhinho querido ao remetente.
É, todos os Príncipes têm as suas "sapisses"...

(E por sogras, não entendam a minha sogra... e muito menos por noras entendam Professorinha, que isto é apenas uma teoria ;))


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Só pode ser Karma!

Dizem que as melhores coisas acontecem quando menos esperámos...
Oh pá! Deve andar alguém a dormir porque eu já ando há uma porra de tempo a fazer-me despercebida e nada... É que nada mesmo! Um tédio, é o que é!

sábado, 8 de agosto de 2015

Controlo de natalidade subliminar

Hoje estava uma pessoa descansadita no sítio do costume... Sumo natural, torradinha acabada de fazer... Tudo na paz dos anjos...
Nisto entra uma família com duas criancinhas e sentam-se ali mesmo à nossa frente (as criancinhas é que escolheram o lugar, as pestes...) e pronto, numa fracção de segundos a Lei de Murphy resolve provar que existe e o caos toma conta do cenário. Ele era uma das crianças aos berros com a mãe, ele era o mais pequeno a correr por todo o lado, ele era a mãe a responder à criança aos berros com um " Não!" monocórdico e abafado (o que é que aconteceu à bela da palmada?), ele era o mais novo ao chuto às canelas do pai... Eu já contava até 1000 mentalmente e deitava o olhar flagelador à criança mais velha, quando reparei que os pais, os dois adultos, continuavam a sua conversa alegremente como se nada se passasse. O marido conversava serenamente com a a sua esposa enquanto levava chutos nas canelas... E ela ouvia-o com um sorriso no rosto, que por sua vez era encarado pela t-shirt que o marido envergava que dizia : "Homem que é homem, não bebe leite. Come a vaca!"
E eu? Eu vim-me embora... um bocadinho deprimida...