De vez em quando dá-me para andar a vasculhar aqui no blogue e ver o que escrevi. Hoje foi um desses dias e dei comigo a ler o 1º post que escrevi em Setembro do ano passado... Até me arrepiei...
Este Setembro não foi fácil, saiu-me do corpo e da alma.
Este Setembro foi mau, muito mau... O meu pai ficou doente, sem avisos e sem sintomas. Fez um exame de rotina e num dia ao fim da tarde a minha mãe telefonou-me a dizer que seria hospitalizado no dia a seguir. Havia urgência e havia possibilidade de ser cancro.
Eu que já li imensos testemunhos sobre cancro, senti exactamente o murro no estômago que todos eles falam e por instantes fiquei sem chão. Ainda assim, no dia a seguir lá estávamos, os três, dispostos a não baixar o braços, dispostos ao que estaria para vir.
O meu pai foi operado, os médicos dizem que correu muito bem e agora já está em casa a recuperar. Eu só agora é que consegui respirar um bocadinho e depois disto tudo, não consigo deixar de pensar em quem está a receber este tipo de notícia, em quem está a lutar contra isto todos os dias e mesmo assim vai à luta com tudo o que tem. Os meus pensamentos e admiração estão convosco, pois por mais testemunhos que se leiam e ouçam, só cai a ficha quando nos toca a nós. é egoísta mas é verdade.
Este Setembro ensinou-me (à bruta) que apesar de todos os meus problemas, que não deixam de ser problemas e todos os dias me chateiam, ao lado disto são coisas de menor valor e o melhor é ver o copo meio cheio, senão a vida leva-nos de arrasto e depois não há quem se levante. Depois da tempestade, a bonança. Assim seja.
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